domingo, 25 de outubro de 2015

CIEJA promove Semana de Sensibilização para a Diversidade Étnico-Racial


         Entre os dias 19 e 24 de outubro, o CIEJA Clóvis Caitano Miquelazzo promoveu uma semana de sensibilização para a Diversidade Étnico-Racial. A proposta dá início ao projeto sobre Relações Étnico-Raciais que começamos a desenvolver com nossos alunos. Seu encerramento culminará em nossa Mostra Cultural, a ser realizada no Dia da Família (13/11).
          O projeto contempla três temas que estão sendo abordados pelos diferentes módulos da escola. Tais temas estão organizados em torno de problemas atuais da sociedade brasileira e visam levar os alunos a uma reflexão que culmine no respeito à diversidade étnico-cultural.
          Os módulos I e II estão trabalhando em torno do problema "Como preservar a cultura indígena garantindo a participação do índio na sociedade?". Já o módulo III tem por tema-problema "Como incluir os novos imigrantes na sociedade brasileira?". Por fim, o módulo IV busca compreender "Por que o negro sofre preconceito no Brasil?". As questões orientam para problemas reais da sociedade, mas o fazem de forma a permitir que os alunos construam seus próprios caminhos para a reflexão dessas temáticas.

Módulos I e II

          Os módulos iniciais começaram a semana debatendo o que constitui a identidade do indígena. Numa roda de conversa buscou-se levantar os saberes dos alunos em relação à cultura indígena, bem como as experiências que eles trazem em suas histórias pessoais. A partir das falas dos alunos, as professoras realizaram trabalhos de registro com recortes de palavras e imagens em revistas.

 

 

         O segundo dia de sensibilização (20/10) foi realizado em parceria com o setor cultural do CEU Parque Bristol. Numa sessão de cinema, os alunos assistiram ao filme "Xingu", o que lhes permitiu conhecer um pouco mais sobre um grupo indígena e se aprofundar na questão da discussão em torno dos direitos da pessoa indígena.


          Para o terceiro dia (21/10), as professoras propuseram aos alunos a leitura do texto "É índio ou não é índio?", de Daniel Mundukuru. A leitura foi desenvolvida a partir de texto e ilustrações preparadas para a reflexão sobre os traços que identificam a pessoa indígena. Aproveitou-se para discutir a interação do indígena com a cultura das grandes cidades.



         Já na quinta-feira, 22, os alunos visitaram a exposição "Variações do Corpo Selvagem", de Eduardo Viveiros. no SESC Ipiranga. A saída lhes possibilitou conhecer um pouco sobre o modo de vida dos indígenas, seus costumes e suas reivindicações.



          No dia 23, sexta-feira, a proposta de sensibilização passou pela questão do gesto e do corpo. A partir da "Canção do Velho Xamã", a professora Maria Rosa trabalhou com os alunos uma dança circular que lhes permitiu pensar na importância da dança e corpo para a criação de sentidos na vivência indígena.


          Para finalizar a semana com os módulos I e II, realizamos uma saída cultural para o Memorial da América Latina no sábado, 24. Lá, os alunos puderam visitar o espaço Etnias, que conta a história dos índios brasileiros pré e pós colonizador, e descobrir as especificidades das culturas indígenas de diversos países que compõem a América Latina.



Módulo III

          A proposta de sensibilização do módulo III girou em torno da temática dos "novos imigrantes". Para iniciar o debate sobre a inclusão dos novos imigrantes na sociedade brasileira, os alunos assistiram ao vídeo "Nova onda de imigração atrai para SP latino-americanos e africanos", da TV Folha.



         Após a exibição da reportagem, os professores propuseram uma roda de conversa com o intuito de possibilitar que os alunos manifestassem suas opiniões sobre o assunto. Toda a discussão foi registrada em textos coletivos produzidos em cada turma.

          Na quarta, 21, a proposta foi a leitura de imagem do menino curdo morto em um naufrágio na tentativa de escapar dos conflitos no Oriente Médio. A proposta visou sensibilizar os educandos para o drama daqueles que são forçados a se refugiar em outros países.
       Os professores propuseram uma leitura de imagem e, a partir das falas dos alunos, foram construindo a história do menino e o contexto de sua morte. Após, realizaram uma dinâmica na qual os alunos registraram coletivamente, com imagens, palavras, colagens e desenhos, seus sentimentos em relação ao drama dos refugiados.


 

 


          Para finalizar a sensibilização para o temática dos novos imigrantes, trabalhamos com a música "Revolta dos Dândis" (Engenheiros do Havaí). Nela, os professores exploraram a ideia o que é sentir-se "estrangeiro" em outra terra. Os alunos puderam discutir o sentimento de pertença a uma comunidade, a um grupo, a um país; e, ao mesmo tempo, perceber os problemas da exclusão e da segregação.


Módulo IV

          No módulo IV, a sensibilização para a temática do preconceito contra a pessoa negra iniciou com a exibição do curta-metragem "O Xadrez das Cores".


          O curta possibilitou aos alunos refletirem sobre as relações preconceituosas presentes em nossa sociedade e questionarem por que isso acontece. Com a mediação dos professores, foi-lhes permitido aprofundar a questão e expor suas primeiras impressões.


          Ainda como forma de sensibilização, os alunos debateram uma reportagem que circulou em várias mídias sobre um professor negro americano que em sua vinda ao Brasil passou por um episódio de discriminação. A leitura do texto impulsionou um trabalho de pesquisa de alguns termos importantes para se compreender a questão do preconceito racial.


          Para finalizar a semana, os alunos pesquisaram sobre a vida de Martin Luther King, importante ativista americano pelos direitos civis dos negros, e ouviram à música "Tributo a Martin Luther King". A partir dessa audição, realizaram uma dinâmica que envolveu a expressão de sentimentos e emoções suscitados pela canção. O registro se deu por meio de uma folha na qual eles foram convidados a ilustrar com recortes, grafites e desenhos a letra da música.



          O projeto segue pelas próximas semanas até nossa Mostra, que será no dia 13 de novembro, e é aberta a toda a comunidade.



sexta-feira, 21 de agosto de 2015

CIEJA vai ao Teatro


          Nos dias 13 e 14 de agosto, os alunos do CIEJA tiveram a oportunidade de assistir a duas excelentes peças que estão rodando no circuito cultural.
              Na noite de quinta-feira (13), os alunos foram ao Teatro do CEU Parque Bristol prestigiar a peça "A língua em pedaços", dirigida por Elias Andreato. Inédito no Brasil, este texto de Juan Mayorga é baseado no livro autobiográfico da poetisa e santa espanhola Teresa d'Ávila (1515-1582), "O Livro da Vida", celebrando o quinto centenário de seu nascimento. O espetáculo mostra o embate fictício entre a carmelita e seu inquisidor, que a acusa de subversão e heresia por causa de suas experiências místicas. Após a peça, os alunos e professores puderam conversar com os atores da peça, Ana Cecília Costa e Marco Antônio Pâmio.
           Já na manhã de sexta-feira (14), os alunos foram ao Teatro do SESI, no prédio da FIESP, e assistiram à peça "Quem tem medo de curupira?", texto do renomado cantor Zeca Baleiro. Sem os didáticos clichês sobre os seres do folclore brasileiro, a primeira peça escrita pelo cantor e compositor maranhense conversa bem com crianças de 10 anos ou mais. Curupira, Boitatá, Caipora, Saci e Iara estão em crise: não assustam mais ninguém. Resolvem, então, deixar a mata rumo à cidade. Lá, apavorados diante dos problemas urbanos, encontram personagens esquisitões, como um índio aculturado cheio de papo. Com diálogos divertidos, figurinos caprichados que fazem referência ao glam rock e painéis formados por escapamentos de carro, o musical se aproxima da cultura pop.
             Confira algumas fotos da ida ao teatro:







sábado, 27 de junho de 2015

CIEJA visita Parque CIENTEC

Neste sábado, 27 de junho, os alunos do CIEJA visitaram o Parque CIENTEC, da Universidade de São Paulo. Localizado dentro do PEFI - Parque Estadual Fontes do Ipiranga, o CIENTEC visa  promover o reconhecimento, a valorização e a preservação do patrimônio cultural científico da Universidade de São Paulo, por meio da articulação entre sociedade, cultura, ciência e tecnologia, garantindo acessibilidade e sustentabilidade ambiental.
Os alunos puderam aproveitar um amplo espaço verde num bonito dia de sol em pleno início do inverno.



Já no Parque, os alunos puderam ingressaram no Planetário, onde viram uma animação introdutória do Sistema Solar e das Fases da Lua. Após o filme, o professor Plínio, responsável pelo planetário, esclareceu as dúvidas e explicou com mais detalhes aspectos do nosso sistema.


Em seguida, os monitores do Parque propuseram uma trilha na qual os alunos puderam conhecer as nascentes que dão origem ao histórico rio Ipiranga. Além disso, os monitores aproveitaram para chamar a atenção dos educandos para alguns aspectos da Mata Atlântica.




Um belo passeio para aprender e relaxar. O CIEJA recomenda. O Parque CIENTEC fica na Avenida Miguel Estéfano, 4200 (de frente para a segunda portaria do Zoológico de São Paulo).